Programa da Agrovale completa 6 anos doando palhada para mais de 10 mil pequenos criadores

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Por Carlos Laerte/Clas Comunicação

O pequeno criador de animais, Igor de Souza, tem um rebanho com um pouco mais de 100 cabeças, entre bovinos e caprinos, na região de Lajes, no interior de Juazeiro – BA, município em estado de emergência por conta de uma seca prolongada. Há 6 anos, Igor de Souza e mais de 10 mil outros pequenos criadores da região, estão enfrentando os problemas da estiagem, com o incremento de um alimento animal volumoso oriundo da pós-colheita mecanizada da cana-de-açúcar. “A palhada reduz os custos com alimentação em 50%, e o que é melhor, nossos rebanhos ganharam peso e estão produzindo quase o dobro de leite”, comemora o pequeno criador.

Criado em 2018, pela empresa sucroenergética Agrovale, o Programa de Doação da Palhada, está completando 6 anos com a marca de 50 mil toneladas do alimento forrageiro, distribuídas gratuitamente entre agricultores familiares e pequenos criadores rurais de 23 municípios da Bahia e de Pernambuco.

A doação dos fardos da palhada, pesando 370 kg cada, ocorre após a assinatura de um Termo de Parceria Ambiental, estabelecido entre a empresa e as prefeituras. O município de Petrolina, por exemplo, renovou a parceria em 2022, e agora em 2023, 245 famílias de pequenos criadores rurais foram beneficiadas com a distribuição gratuita de 1.534 toneladas de palhada. “Esperamos que, no próximo ano, mais criadores possam se beneficiar com o fornecimento da palhada de cana-de-açúcar, que se tornou uma importante fonte de alimento para seus rebanhos de gado, caprinos e ovinos”, destacou o secretário de Agricultura de Petrolina, Pedro Brandão.

De acordo com a gestora de Meio Ambiente da Agrovale, Thaisi Tavares, além das prefeituras outras instituições podem ser parceiras no Programa, a exemplo de associações, cooperativas e ONGs. “Os criadores devem comprovar que possuem imóvel rural com até 4 módulos fiscais e assinar um termo onde se comprometem em utilizar os fardos exclusivamente, como fonte alimentar não podendo ter outros fins como, por exemplo, a venda”, ressaltou. A gestora acrescentou ainda que, melhorando a qualidade da dieta tem-se uma saúde animal mais equilibrada e maior desempenho do rebanho. “Além dos impactos na redução de custos e maior lucratividade ao produtor”, concluiu.