Vitória (sub 17) e Revelação (Santo Amaro) conquistaram o troféu de equipes campeãs da segunda edição da Copa Loreta Valadares
Ascom Sudesb
As equipes campeãs da Copa Loreta Valadares/2023 foram conhecidas na tarde deste domingo, 10, no Estádio de Pituaçu: Vitória (sub 17) e Revelação (adulto) ganharam o jogo contra os outros dois times que chegaram à fase final: Centro de Formação de Futebol da Bahia (CFFB, juvenil) e As Misturadas, pela categoria adulto.
A programação iniciou às 13h com jogo do Vitória, que emplacou um gol na equipe CFFB, garantindo o primeiro lugar em sua categoria. Às 16h30, teve início a final do futebol feminino adulto, com o time santoamarense Revelação levando a melhor após marcar dois gols em cima do As Misturadas.
Melhor equipe adulta da competição, a Revelação terminou a competição invicta, tendo, com isso, o reconhecimento da comissão técnica do torneio, que elegeu atletas do time como: Melhor Atleta – Vanessa Pinheiro; Artilheira, com 5 gols –Melhor Goleira – Emerly. Na categoria sub-17, Ludmila (CFFB), com 16 anos, foi eleita melhor atleta; e do Vitória, Marta, de apenas 14 anos, Atleta Revelação; e Iara, Melhor Goleira.
Pioneiras – Entre um jogo e outro, 40 mulheres pioneiras do futebol feminino baiano entraram de forma coletiva em campo, numa homenagem a todas aquelas da Bahia e de outros estados que lutaram e enfrentaram todo tipo de preconceito para garantir que as mulheres tivessem espaço no futebol.
“Estou muito feliz com a realização da Copa Loreta Valadares. As pioneiras conseguem estar aqui, vivas, e presenciar a entrega de um projeto de excelência desde a sua primeira edição, em 2022. É muito gratificante organizar e ver a Copa Loreta Valadares crescendo e acontecendo anualmente”, disse a atleta pioneira Dilma Mendes, que integrou a comissão técnica de organização da competição, iniciada no dia 22 de outubro último.
Ainda de acordo com Dilma Mendes, “a criação da Copa Loreta Valadares é muito importante para o futebol feminino. É um evento pioneiro no nosso estado que transmite reparação e tem a credibilidade de várias gerações de mulheres que vivenciaram a proibição da modalidade para o sexo feminino. Em relação à primeira edição, de 2022, tivemos um crescimento de quatro equipes no torneio, fechando com um total 24 times: 16 da categoria adulta e oito equipes sub-17, envolvendo a participação de 450 atletas de Salvador, Região Metropolitana e Recôncavo baiano”, disse a atleta pioneira Dilma Mendes, que integrou a comissão técnica de organização da competição, iniciada no dia 22 de outubro último.
A Copa Loreta Vadares é uma iniciativa do Governo da Bahia, por meio da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). Para execução do projeto, a Sudesb fez parceria com a Federação Baiana a Federação Baiana de Desporto de Participação e teve o apoio da Federação Baiana de Futebol (FBF).
O diretor-geral da Sudesb, Vicente Neto, reafirmou o compromisso do Governo da Bahia com a realização da Copa Loreta Valadares no próximo ano. “Essa competição veio para ficar. Nossa gestão tem dedicado atenção especial para garantir e executar políticas públicas que resultem em mais mulheres no esporte. A Copa Loreta é parte importante desse trabalho. Mas quero agradecer todo empenho que tiveram as mulheres pioneiras do futebol feminino na realização desta competição, tendo à frente a atleta Dilma Mendes. São jogadoras que têm história importante para o futebol feminino baiano, pois abriram o caminho para as futuras gerações”, ressaltou o diretor.
Loreta Valadares – Loreta Kiefer Valadares nasceu em Porto Alegre (RS), em 1943. Feminista e ativista, na ditadura foi presa política e exilada, retornando ao Brasil em 1980, momento em que se tornou professora de Ciência Política da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia, cargo ocupado até sua aposentadoria.
A professora e militante Loreta faleceu em 2004, após árdua luta de séria cardiopatia adquirida em decorrência da tortura sofrida à época do regime militar. Mas como legado de sua trajetória de 61 anos de existência, deixou uma importante contribuição ao movimento de mulheres e de luta para a conquista e garantia dos direitos humanos no país.