Brasil tropeça na altitude e encerra Eliminatórias com derrota para a Bolívia
Por Redação
Na temida altitude de El Alto, a mais de 4 mil metros acima do nível do mar, a Seleção Brasileira se despediu das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 com uma derrota por 1 a 0 para a Bolívia, gol de Miguelito cobrando pênalti no primeiro tempo. O revés marcou a primeira derrota sob o comando de Carlo Ancelotti e selou a pior campanha do Brasil na história do torneio desde o formato atual, iniciado em 1996.
O jogo
Com a classificação já garantida, o Brasil entrou em campo com um time alternativo. A Bolívia, por outro lado, precisava da vitória e torcia por um tropeço da Venezuela para sonhar com a repescagem — e conseguiu ambos.
O único gol da partida saiu nos acréscimos do primeiro tempo, em cobrança de pênalti do meia Miguelito, após Bruno Guimarães cometer falta dentro da área. O lance foi revisado pelo VAR e gerou polêmica.
Apesar das tentativas de reação na segunda etapa, o Brasil não conseguiu furar a defesa boliviana. O goleiro Carlos Lampe foi um dos destaques da partida, garantindo o placar magro que levou os bolivianos à repescagem.
Com o resultado, o Brasil caiu para a quinta colocação, com 28 pontos e aproveitamento de 51% — o mais baixo da história da Seleção nas Eliminatórias. A Bolívia, com 20 pontos, terminou em sétimo e garantiu vaga na repescagem mundial, desbancando a Venezuela.
A Seleção volta a campo em outubro para amistosos contra Coreia do Sul e Japão, já com foco na preparação para o Mundial. Enquanto isso, a Bolívia celebra uma classificação histórica — e respira novos ares rumo à repescagem.
Ficha técnica
Bolívia 1 x 0 Brasil
Estádio Municipal de El Alto
Árbitro: Cristian Garay (Chile)
Gol: Miguelito (49’ do 1ºT)
Bolívia: Lampe; Diego Medina (Yomar Rocha), Haquín, Morales e Fernández. Vilamil, Robson Matheus e Ervin Vaca (Cuéllar); Miguelito, Moisés Paniagua e Enzo Monteiro (Algarañaz). Técnico: Oscar Vilegas.
Brasil: Alisson; Vitinho (Marquinhos), Alexsandro, Fabrício Bruno e Caio Henrique; Andrey Santos (Jean Lucas), Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Luiz Henrique (Estêvão), Samuel Lino (Raphinha) e Richarlison (João Pedro). Técnico: Carlo Ancelotti.