Governo americano amplia exigências para controle das moscas-das-frutas no Vale do São Francisco
Por Carlos Laerte
Os exportadores de manga para os EUA terão que aumentar os cuidados com o controle e monitoramento da praga das moscas-das-frutas, sob pena de perderem as habilitações para comercialização com o mercado americano, um dos maiores consumidores da fruta do mundo.
Falando para um público de exportadores, produtores e responsáveis técnicos de unidades produtoras de manga destinadas aos Estados Unidos, Caio César detalhou as novas regras do plano de trabalho, visando reduzir o índice populacional da praga quarentenária nos pomares da região.
E na etapa final da reunião, a responsável técnica da Moscamed Brasil, Itala Cruz Damasceno, esclareceu detalhes importantes acerca do panorama populacional e sistema de monitoramento da praga no Vale do São Francisco. Concluindo o bloco de palestras, os representantes comerciais da Corteva, Manoel Neto e Jadna Mylena, apresentaram as estratégias de manejo integrado para controle das moscas-das-frutas. Na sequência, um fórum de discussão mobilizou a participação do público, que apresentou questionamentos e tirou dúvidas.
O gerente executivo da Valexport, Tássio Lustoza, concluiu os trabalhos, revelando que o Vale do São Francisco exportou, na safra 2024, cerca de 237 mil toneladas de mangas para 101 países em todo o mundo. “Os EUA, terceiro maior importador da fruta, compraram cerca de 37 mil toneladas, 14,27% desse total. Nossa expectativa para esta safra é ampliar para 56 mil toneladas as exportações para o mercado americano. Esse crescimento só pode acontecer se toda a cadeia produtiva trabalhar em conjunto, realizando de forma adequada o monitoramento e controle da praga das moscas-das-frutas”, ressaltou.