Torcida vibrante marca presença nas semifinais da Copa 2 de Julho
Expectativa é por público ainda maior na final que acontece no sábado, 13
É na torcida, o famoso 12º jogador, que reside a alma do futebol. Mesmo nas semifinais da Copa 2 de Julho, maior competição Sub-15 do país, a agitação nos bancos de Pituaçu não para. Entre o batuque de instrumentos musicais, mães que gritam pelo passe preciso do filho e torcedores que aproveitam a oportunidade gratuita de ver seu time do coração; a torcida apaixonada é uma constante das 14 edições da Copa 2 de Julho.
Torcedor do Vitória e do Palmeiras, o servidor público, Cássio José Dias, veio acompanhar as semifinais da Copa por dois motivos. A chance de ver do estádio o Palmeiras em campo pela segunda vez e a oportunidade de seu filho, Gustavo Hernandes, que joga pelo Sub-10 do Vitória, acompanhar uma disputa entre atletas mais velhos da base de outros clubes.
“Tem sido uma experiência muito boa, principalmente pro meu filho que tem o sonho de um dia ser um jogador de futebol profissional. É um aprendizado excelente pra ele e pra mim, como pai. A organização da competição está de parabéns! A intensidade dos meninos da categoria sub-15 é muito boa e é ótimo poder acompanhar os jogos de graça”, afirma Cássio.
Para pai e filho, o resultado do jogo não foi tão satisfatório, porque o Palmeiras foi eliminado da competição após ser derrotado por 2 a 1 para o Botafogo, que se tornou finalista da Copa 2 de Julho. Entre gritos e pandeiros, a torcida do fogão não parou um minuto.
A trabalhadora doméstica Valmira do Carmo, que mora em Salvador e torce pelo Bahia, contou sobre a experiência de ver o neto, Gustavo Santiago, centroavante do Botafogo, jogar em Pituaçu, estádio que já recebeu tantos jogos do seu time do coração. “É uma sensação muito gostosa de ver ele jogando aqui. Mesmo que fosse contra o Bahia, ia torcer pra que ele batesse no Bahia. Aqui, a torcida é pelo neto acima de tudo”, comenta.
Vestida com uma camisa com o rosto do neto, Valmira e membros da família do jovem jogador não pararam de apoiar por um minuto, mas quando o jovem chega em casa também tem bronca se jogar mal. “Se jogar mal, a gente dá um apertinho. Toma uma reguladinha em casa”.
Atlético MG e Goiás – Do outro lado da semifinal, na partida entre Atlético MG e Goiás, também teve torcida presente. Conhecidos pelo apoio vibrante e constante ao time, os torcedores do Galo não fizeram feio na Copa 2 de Julho. Pais e mães vieram de Minas Gerais para acompanhar seus filhos nas disputas aqui na Bahia, como é o exemplo da dona de casa Ana Cláudia Ferreira.
“A gente chegou e foi conhecendo outros pais que também vieram torcer e fomos nos aproximando, nos apoiando. Onde os meninos vão, fazemos o maior esforço para estar lá. Aqui é todo mundo torcendo e vibrando que nem a gente faz no profissional com muita força, muita garra, porque isso que é ser galo”, conta Ana Cláudia.
Mesmo com tanta torcida, o Atlético MG foi eliminado pelo Goiás nas penalidades, após empate sem gols no tempo regular. Já é costume para o vendedor Maxwell Lins acompanhar seu afilhado em competições pelo país. Além de torcer, ele fala que sempre aproveita para turistar um pouco pelas cidades.
“Já conheço Salvador de outras visitas por lazer. Entre um jogo e outro sempre tem uma folga e a gente aproveita pra conhecer a cidade, praias, alguns locais históricos e fomos até em um jogo na Arena Fonte Nova. Tem sido uma experiência muito legal!”.
Agora, Botafogo e Goiás se encontram na final da Copa 2 de Julho, no próximo sábado, 13, às 10h, no Estádio de Pituaçu com entrada gratuita. O jogo vai ser transmitido pela TVE. O campeão da maior disputa Sub-15 do país ninguém sabe, mas o que é certo é a presença da torcida vibrante.
A Copa 2 de Julho de Futebol Sub-15 de 2024 é organizada pela Sudesb, com apoio do Ministério do Esporte, da Federação Bahiana de Futebol (FBF) e da Federação Baiana de Desporto de Participação (FBDP).
Ascom Sudesb – Madson Souza