Gizachew e Panga brilham na 100ª São Silvestre; Brasil volta ao pódio nas duas categorias
Edição histórica reúne 55 mil corredores, registra recorde de participação e consagra etíope e tanzaniana; brasileiros Fábio Jesus e Núbia Oliveira garantem terceiro lugar
Da Redação - Foto: Gazeta Esportiva/Rubens Chiri/Vega Sports/Divulgação
A 100ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre entrou para a história nesta quarta-feira, 31 de dezembro de 2025, em São Paulo. Com clima ameno e público recorde de cerca de 55 mil participantes inscritos, a prova reafirmou seu prestígio mundial e coroou dois nomes africanos no topo do pódio: o etíope Muse Gizachew, no masculino, e a tanzaniana Sisilia Ginoka Panga, no feminino.
Disputa masculina decidida nos metros finais
A prova masculina foi marcada por emoção até os últimos instantes. Gizachew protagonizou uma virada impressionante ao ultrapassar o queniano Jonathan Kipkoech nos 100 metros finais, cruzando a linha de chegada com 44min28s, apenas quatro segundos à frente do rival.
O brasileiro Fábio Jesus, conhecido como “Guerreiro do Sertão”, manteve ritmo forte e garantiu o terceiro lugar, com 45min06s, repetindo o feito de colocar o Brasil no pódio em uma das provas mais competitivas do mundo.
Confira como ficou o pódio da elite masculina:
- Muse Gizachew-ETI (44min28s)
- Jonathan Kamosong-KEN (44min32s)
- Fábio Jesus Correia-BRA (45min06s)
- William Kibor-KEN
- Reuben Poguisho-KEN
Panga quebra hegemonia queniana no feminino
Na elite feminina, Sisilia Panga dominou a corrida de ponta a ponta e venceu com 51min06s, encerrando uma sequência de oito anos de vitórias quenianas na prova. A queniana Cynthia Chemweno ficou em segundo lugar, com 52min30s.
A brasileira Núbia Oliveira, de 23 anos, brilhou novamente ao conquistar o terceiro lugar, repetindo o resultado de 2024 e melhorando seu tempo, com 52min42s.
Recordes e curiosidades da edição centenária
- Recorde de participação: 55 mil corredores inscritos de 44 países, o maior número da história da prova.
- Premiação histórica: A edição distribuiu R$ 295.160, maior valor já pago, com R$ 62.600 para cada campeão.
- Hegemonia africana mantida: Desde 2006 no feminino e 2010 no masculino, nenhum brasileiro vence a elite da prova.
- Clima favorável: Apesar da onda de calor no país, a corrida ocorreu com temperatura amena de 23°C, favorecendo o desempenho dos atletas.
- Tradição centenária: Criada em 1924 por Cásper Líbero, a prova completou 100 anos mantendo largada e chegada na Avenida Paulista, cartão-postal paulistano.
Brasil celebra presença no pódio
Mesmo sem quebrar o jejum de títulos, o Brasil teve motivos para comemorar. Os baianos Fábio Jesus e Núbia Oliveira mostraram evolução e competitividade, reforçando a presença nacional entre os melhores da elite mundial.
A São Silvestre encerra 2025 com emoção, história e a promessa de seguir inspirando gerações de corredores no país e no mundo.