Brasil empata com Uruguai e encerra 2024 em quinto lugar nas Eliminatórias
Adversário tradicional dificultou as ações do time de Dorival Junior
Por Carlos Humberto – texto e foto
A Seleção Brasileira repetiu nesta terça-feira (19), diante do Uruguai, o mesmo resultado da partida anterior quando empatou em 1 a 1, fora de casa, contra a Venezuela. Assim como o placar, o enredo foi o mesmo, e a seleção alternou bons e maus momentos coletivos e individuais que terminaram em vaias da maioria dos 41.511 torcedores presentes na Arena Fonte Nova, na capital baiana.
Os gols aconteceram no segundo tempo. Valverde abriu o placar para os uruguaios aos nove minutos e Gerson empatou aos 15, assinando o seu primeiro gol com a camisa amarelinha.
RESENHA
O técnico Dorival Junior não pode se queixar de falta de apoio da torcida. Em todos os jogos, o incentivo vem da arquibancada, mas da mesma forma, à medida que o tempo passa e o desempenho não agrada, a insatisfação se manifesta e os apupos são inevitáveis porque o propagado crescimento técnico não fica demonstrado nos jogos. A insegurança dos jogadores vem sendo considerada um problema para alguns analistas, enquanto outros atribuem à ansiedade um empecilho para que as soluções sejam encontradas e o time encaixe de vez.
Contra o Uruguai, a equipe criou boas oportunidades, com participação mais efetiva de Raphinha e Vini Junior, mas foi incapaz de furar o forte bloqueio defensivo armado pelo técnico Marcelo Bielsa. As substituições não surtiram efeito e o Brasil chegou ao final recheada de atacantes de beirada (antigos ponteiros) de origem, e sem um centroavante raiz.
A ênfase que o treinador Dorival Junior dá ao tema evolução do futebol da seleção é questionável e recebe críticas de nomes de peso como ex-lateral Junior, atualmente comentarista do SporTV. Falando especificamente do momento do gol uruguaio, o maestro acredita que “o maior erro nosso é exatamente não ser agressivo quando está sem a bola e isso ocorreu quando o jogador Valverde, livre, teve tempo para pensar e definir”. Após o apito final, ele desabafou: “Que não venham me falar em evolução. Nós tivemos muito tempo durante a Copa América e a evolução foi quase zero. Todas as vezes que a gente joga contra uma seleção fechada, se não foi em uma jogada esporádica individual, a gente não consegue. Nem as bolas paradas, que a gente tinha como força, estamos conseguindo” – disse o ex-jogador.
Os jogos das Eliminatórias para a Copa de 2026 recomeçam em março do próximo ano e até lá pode acontecer tudo, inclusive nada. A seleção terá pela frente duas pedreiras:
Brasil x Colômbia – 20/03/2025 – horário a definir
Argentina x Brasil – 25/03/2025 – horário a definir