Home NOTÍCIASEconomia & Negócios Impasse na CCT 2023 traz prejuízos para fruticultura do Vale do São Francisco

Impasse na CCT 2023 traz prejuízos para fruticultura do Vale do São Francisco

by Redação

Clas Comunicação – Carlos Laerte

Há 140 dias sem chegar a um acordo, a Convenção Coletiva do Trabalho – CCT/2023 da agricultura irrigada do Vale do São Francisco, vem causando sérios transtornos para a fruticultura regional e contabilizando prejuízos entre produtores e trabalhadores rurais.

Revoltados com “a intransigência e a falta de compromisso da representação sindical dos trabalhadores para com a própria categoria”, a Comissão dos Sindicatos Patronais do Vale do São Francisco nos estados de Pernambuco e Bahia, divulgou um documento, na manhã desta quarta-feira (24), cobrando uma resposta urgente para resolver o impasse.

Entre outras alternativas de negociação, os produtores se propõem a pagar um salário de R$ 1.340,00, o que representa um aumento de 6,01%, com ganho real acima da inflação. Outra proposta não aceita pelos sindicatos dos trabalhadores é a do pagamento de um salário de R$ 1.354,00, significando um aumento de 7,12%, o que agrega um ganho real de 1,33% acima da inflação que foi de 5,79%). Esta proposta incluí a contrapartida de alteração do revezamento para tratoristas a cada 6 meses.

De acordo com o advogado da Comissão dos Sindicatos Patronais do Vale do São Francisco, Fábio Schnorr, esta contrapartida não acarreta nenhum dano ao trabalhador, pois a proposta dará continuidade as garantias de saúde e segurança descritas na CCT (como exames complementares, treinamentos, fornecimento de EPI’s e outras medidas preventivas), além de abarcar todas as obrigações legais contidas na NR 31 (norma regulamentadora que foi assinada e elaborada com a participação dos trabalhadores representados pela Confederação dos Trabalhadores na Agricultura). “A alteração desta cláusula também é importante para os tratoristas que aplicam defensivos, pois representará, sem prejuízo a saúde deles, um ganho financeiro maior”, ressaltou.

Ainda no documento, os produtores rurais afirmam que a representação dos trabalhadores insiste nos mesmos pedidos que já fizeram e no desconto, todos os anos, de uma diária de trabalho, para os trabalhadores (cerca de R$ 43,00), sem autorização do próprio trabalhador.

A comissão patronal encerra a nota, lembrando a crise financeira nacional e o esforço de recuperação econômica pós epidemia da Covid+19, além dos aumentos constantes dos custos na fruticultura e das chuvas que provocam prejuízos, principalmente nas culturas de uva e manga.

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