STJD pune Bruno Henrique em 12 jogos e multa de R$ 60 mil
Flamengo manteve apoio ao atleta; Decisão cabe recurso e poderá ser revista no Pleno do Tribunal
Da Redação
Nesta quinta-feira, 4 de setembro, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) realizou o aguardado julgamento do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, acusado de envolvimento em esquema de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro de 2023. A sessão, conduzida pela 1ª Comissão Disciplinar, teve início pela manhã no Rio de Janeiro e se estendeu por mais de três horas, reunindo representantes do clube, advogados de defesa e membros da Procuradoria.
A denúncia teve como base uma investigação da Polícia Federal, que identificou movimentações suspeitas em casas de apostas relacionadas a um cartão amarelo recebido por Bruno Henrique na partida contra o Santos, realizada em novembro de 2023. Conversas interceptadas entre o jogador e seu irmão, Wander Nunes Júnior, indicaram possível intenção de beneficiar apostadores com a advertência recebida em campo.
Durante o julgamento, Bruno Henrique participou por videoconferência e fez um breve pronunciamento:
A defesa, liderada pelos advogados Michel Assef Filho e Alexandre Vitorino, tentou encerrar o processo alegando prescrição do prazo legal para denúncia, mas o argumento foi rejeitado por maioria dos auditores (3 votos a 2), permitindo o prosseguimento da análise do mérito.
Ao final da sessão, Bruno Henrique foi punido com suspensão de 12 partidas e multa de R$ 60 mil. Quatro dos cinco auditores votaram por essa penalidade, enquanto um deles sugeriu multa maior, de R$ 100 mil. A decisão ainda cabe recurso e poderá ser revista pelo Pleno do STJD.
O Flamengo, por sua vez, manteve postura de apoio ao atleta. Em nota lida durante o julgamento, o clube afirmou:
“O Flamengo reitera seu posicionamento de cumprimento às regras, de reprovação total a qualquer ato de manipulação de resultados. Está aqui para demonstrar apoio ao seu atleta e fazer justiça”.
Com a punição, Bruno Henrique ficará fora de importantes compromissos do Rubro-Negro nas próximas semanas, incluindo partidas decisivas pela Libertadores e pelo Brasileirão. O caso também segue em tramitação na Justiça comum, onde o jogador é réu por fraude esportiva.

