A demissão de João Carlos Ângelo: uma repetição histórica na Juazeirense
Por Tony Martins – Foto: Agência CH
O Presidente Roberto Carlos anunciou nesta segunda-feira (27/01/2025) o desligamento do treinador João Carlos Ângelo do comando técnico da Sociedade Desportiva Juazeirense. A decisão foi tomada depois que o treinador disputou 7 jogos, perdendo três, com três empates e apenas um triunfo. Contudo, foi o treinador demitido que classificou o time para a fase de grupo da Copa do Nordeste que, aliás, rendeu mais de um milhão de reais para o representante sertanejo.
A demissão de João Carlos é apenas a repetição de um contexto histórico do clube, pois, desde que a Juazeirense disputa a primeira divisão do Campeonato Baiano e as competições regionais e nacionais, nenhum treinador conseguiu iniciar e terminar uma temporada. Entre tantos treinadores que passaram pelo Cancão de Fogo podemos citar Paulo Sales, Quintino Barbosa (in memorian), Aroldo Ribeiro, Laércio Lopes, Carlos Rabelo, Evandro Guimarães, Francisco Diá, Sérgio Araújo, Janilson Silva e Rodrigo Chagas.
O que podemos observar, sem, contudo, condenar, é que se faz necessário sempre, uma avaliação da temporada anterior, com as devidas intervenções, levando em consideração as características das competições que, invariavelmente, são as mesmas: Campeonato Estadual, algumas vezes Copa do Brasil e Copa do Nordeste, pré-fase da Copa do Nordeste e Série D.
Academicamente e mitologicamente, a preparação e organização da temporada deveria ser entre o final da última partida de 2024 e o início da primeira partida de 2025. Isso chama-se macro ciclo, um período maior para organizar as coisas fora de campo, administrativamente e as buscas por parcerias e novos contratos.
Depois, deve- se debruçar sobre a montagem da Comissão técnica, o gerenciamento do futebol, e as devidas condições para a pré-temporada, como também a montagem do elenco. Inclusive, não se pode admitir que uma equipe, tendo que disputar competições importantes esse ano não tenha em seu elenco substitutos para fazer trocas significativas durante uma partida, não tenha um articulador de jogadas em plenas condições físicas para atuar efetivamente. Todos os anos, sequencialmente, a Juazeirense contrata sem o devido cuidado, depois vem as dispensas e novas contratações, que quase sempre chegam tarde demais.